Sempre te quis mostrar de forma mais ou menos eficiente
As minha frustrações emolduradas em qualquer coisa visualmente apelativa Mas nunca soube muito bem como o fazer
Provavelmente se tivesse gritado para fora do século
Ou se tivesse cortado o caule das memórias mais penosas
Para tas digitalizar e enviar como mensagem
Se tivesse persistido em afogar os dias nos poemas
Ou insistido naquelas quatro palavras japonesas que estavas quase a aprender
Se tivesse usado mais as minhas onitsuka tiger amarelas para te persuadir da minha existência,
Se tivesse óculos mais coloridos ou uma voz menos ávida, mais serena como o teu espírito
Se tivesse posto lubrificante no teu entendimento sobre a humanidade
Se tivesse engolido
Em vez de cuspido
Se tivesse feito o pino enquanto me ignoravas
Se tivesse escolhido um top com a bandeira da Noruega
Se tivesse dado um sentido mitológico à minha cor de cabelo
Se tivesse dançado menos
Se tivesse dançado mais
Se tivesse cantado mais músicas que envolvessem jets privados
Se tivesse encolhido a barriga enquanto declamava um poema
Se tivesse um sentido de humor menos regular,
Se fosse italiana,
Se fosse amiga dos teus amigos ou amiga dos teus inimigos mais amigos
Se houvesse algum dia alguma possibilidade
De tudo ter sido o que não foi por alguma coisa que eu poderia ter feito mas que não fiz.