de
si para si mesma
com
as palavras na continuação das veias
a
cidade a gravitar
nos
fragmentos sensíveis dos verbos.
um
movimento noturno
vive
nos andares mais altos
da
solidão.
a
cidade genial precipita-se
na
convocação dos homens
que
se perdem e se encontram
no
mesmo espaço.
a
idade quente da terra
morre-me
nas mãos ao passar
esta
ponte triste
que
vai dar a Setúbal.
não
conseguirias pagar
as
casas que eu vendo
nem
que dobrasses a tua existência.
o
tejo demora-me nos olhos,
lembra
o som crepitante
da
tua presença.
hoje
amo quem rir.