trago
comigo as gigantes perguntas
que
ardem no peso da fala.
de
ti espero a noite corrompida,
a
solidão contínua
que
vai até aos prédios e retorna
mas
acredito na tua companhia
como
acredito na vaidade do sol
a
vida ruge-me nos ombros
enquanto
a vergonha respira
entre
segredos.
onde
estás e por onde andaste
são
grutas miseráveis
que
se erguem pela lógica
porque
a tua presença não faz sentido
somos
atores de um palco invisível
não
te percas no retorno
porque
a verdade é que nunca cá vieste.