quarta-feira, 8 de abril de 2015

A literatura é uma fábrica

com miolos azuis
manhãs burguesas,
telefones ou telemóveis que vibram com os lábios
um automóvel, um prédio
um fascismo vulnerável
num horizonte proletário,
a lógica escorrega-me
diretamente da gargalhada,
mas o meu género é subgénero
asfixiado,
transpirado
transpira pelas paredes.
que venha o fado
ou então o gado, para facilitar,

talvez o gado.