quarta-feira, 25 de outubro de 2017

O sepulcro-espelho

tens um pedaço de madeira na carne,
há uma beleza a inchar
os teus os seios centrífugos.
lentamente a ferida lambe o gato
que se junta à ciência da embriaguez.
o movimento impróprio do mundo
incomoda-te.
eu sei que a claridade do sexo te acalma
mas a tua idade lenta tem vindo a
deformar o amor.
queres humedecer os nervos
com escuridão.
a harmonia demoníaca do teu desejo
sacrifica-se mais uma vez pelos livros ardentes.
deixa que o sepulcro te masturbe.